Saturday, October 2, 2010

Exile on Main Street

A little portuguese for my braqzilian friends.
Exile on main street - The Rolling Stones



Os Rolling Stones são a maior banda de rock que existiu, nasceram ao lado dos Beatles com quem foram comparados a vida toda, mas os Beatles eram uns almofadinhas metidos a intelectuais que usavam drogas, já os Stones não, eram o rock encarnado em 5 caras que destruiam tudo, não só fisicamente mas também afetavam psicologicamente as mentes dos mais afixionados por guitarra, usavam drogas em cima do palco, atraiam as melhores vadias e repeliam as piores “moças”, ou melhor, instigavam sexo, drogas e rock´n roll, quer mais o que?
Considero a discografia completa dos Stones como essencial para a vida de um apaixonado por bons sons, todos eles te ensinam algo, tem a sequencia dos seis discos que são obrigátorios, desde o “Their satanic majestic request”(1967) até o “Exile on main street”(1972), e este último é o motivo de eu estar aqui agora, é o mais fudido, um album duplo, foi lançado em 1972, pra mim o melhor ano da banda, onde eles conseguiram reunir tudo o que eles aprenderam de melhor naqueles dez anos iniciais de carreira, ano que as apresentações ao vivo eram incomparáveis, Mick Jagger arregaçava as calças em cima do palco, estilo stripper, Keith Richards guitarrava com sua telecaster cintura abaixo como se estivesse injetando heroína na platéia, Mick Taylor, um dos mais precisos guitarristas ingleses, Bill Wyman e Charlie Watts, imprecindíveis.
Mas vamos lá, o album foi gravado na França, pois eles fugiram dos altos impostos da Inglaterra na época, ai o nome “Exile on main street”, mas isso é só estória, o que interessa é o som, o disco contêm 18 faixas, começa com “Rocks Off” e “Rip Ths Joint” muito rock dançante envolvido, abre o disco furiosamente, não da pra ficar parado nem a pau, neste trabalho podemos observar uma maior influência de música americana bem rural indo além das suas influências tradicionais, Chuck Berry e o Blues elétrico de Chicago(Muddy Water e Elmore James), como em “Sweet Virginia”, “Ventilator Blues” e “Sweet Black Angel”, que é um puta lamento de arrepiar; contaram com a particiação de duas das meninas do trio de backing vocals, The BlackBerries(Venetta Fields e Clydie King), nas músicas “Tumbling dice”, maior hit do disco, “Just to Want to See his Face”, “Let it Loose” e “Shine a Light”, coisa mais linda.
Album produzido por Jimmy Miller, aka Mr. Jimmy, que sempre trabalhou com os Stones, sabia tudo de mixagem, tinha técnicas únicas, era percussionista, participou de muitos trabalhos e neste disco tocou na maioria das músicas, incluindo a batera de “Happy”. Dead.
Os temas das letras são únicos, novamente, muita influência rural e gospel americana, amor em vão, drogas como válvula de escape de algum sentimento não correspondido, dor e muito rock´n roll, “Let it Loose” é sensacional, “...In the bar you're getting drunk, I ain't in love, I ain't in luck. Hide the switch and shut the light, let it all come down tonight”. Foda.
Nas músicas finais temos “Stop Breaking Down” , arranjo próprio da musica de Robert Johnson, Mick Taylor arregaça no slide guitar, o que ele sabe fazer melhor, Mick Jagger manda uma gaita que encaixa perfeitamente no ar da canção, possui partes instrumetais com muito peso, é um dos pontos altos do disco, merece ser ouvida com toda a atenção devida. Compre logo esse disco.

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