Saturday, October 2, 2010

Rockin´ The Fillmore

A little portuguese for my brazilian friends

Rocking´the Fillmore - Humble Pie



Sabe o que é a definição de Les Paul no joelho? Pra mim é o seguinte, tocar com a correia da guitarra esticada, babando, descendo a mão, o maior rock pauleira, se liga, o Humble Pie foi uma das maiores bandas de rock que o mundo já ouviu e assistiu, no inico da década de 70 eram um dos atos ao vivo e mais celebrados pelos amantes de rock pauleira, nesse disco é totalmente possível sentir o que eu estou dizendo, neste trabalho a banda era composta por Stevie Marriott, uma das maiores vozes da época, um Frontman que todo mundo queria pra sua banda, extremamente talentoso, fedia em todos os instrumentos que se atrevia tocar, era um dos caras mais agressivos que eu já ouvi, ao lado do Marriott, estavam Jerry Shirley, batera habilidoso que entrou na banda com 17 anos, Greg Ridley, baixista experiente, vindo de outras bandas boas, vocal muito bom que deixou sua marca em todos os discos que participou da banda, e por fim, Peter Frampton, virtuoso na guitarra, preciso nos seus solos e gentil nos vocais, dividiu até este disco todas as atenções da banda, sempre acrescentou na banda algo que os outros integrantes não conseguiam.
Gravado durante a turnê do album “Rock on” no Fillmore East, casa de shows mais do que lendária que ficava no East Village em NYC, promovida e dirigida pelo não menos lendário Bill Graham, “Performance - Rockin´ The Fillmore” é um dos maiores discos ao vivo já lançados por uma banda de rock´n roll, tem muita energia, dá pra sentir a brutalidade exalando das guitarras, os vocais são perfeitos, todos cantam em todas as músicas, como em “4 day creep”, faixa destruidora, tradicional música para abertura de shows até a saída de Frampton da banda, “Hallelujah (I love her so)”, predileta do álbum, a sincronia dos vocais e os solos do Frampton feitos em casa fazem com que ela seja uma das mais ouvidas do disco, logicamente, é um clássico absoluto de Ray Charles(Perguntaram certa vez para o Marriott se trancassem ele em um quarto com apenas um disco pra escutar, qual ele escolheria, sem pensar duas vezes respondeu que ele escolheria qualquer um do Ray Charles), a banda é tão fã dele que na trajetória inteira sempre ouvimos pelo menos duas músicas do cara, e aqui nós conferimos também “I Don´t Need No Doctor”, que tem muito peso e swing, alto grau de integração com a platéia, memorável canção.
Além de serem muito bons roqueiros, eram muito virtuosos em seus instrumentos, “I Walk on Gilded Splinters”, cover do Dr. John, eles debulham em mais de vinte minutos de som, improviso de vocal e instrumentos na hora certa, a quem diga que é muito extensa, mas pra mim é apenas questão e ponto de vista, rock é isso ai, tocar pra caralho. A pegada de blues é o elemento fino, o arranjo pra “I´m Ready” de Willie Dixon é sensacional, o começinho dela é arrepiante com o Marriott no vocal, outro blusão fudido do disco é “Rolling Stone”, Muddy Waters na veia, versão estendida do album “Rock On”, nela a banda separa a musica em duas partes, sendo que a segunda tem uma letra pra lá de caliente. Outra faixa do disco citado acima é “Stone Cold Fever”, pesadíssima. Preciso dizer que é pra compra logo essa porra?

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